domingo, 18 de abril de 2010

(eddy, 2010)


os frutos molham-se e a manhã ganha ferrugens cósmicas. ali naquele reino da luz-sempre-presente vivem os olhos de vidro e as opas roxas. por vezes vestem-se de penas e gritam alfabetos de nuvens para os telhados dos jardins condimentados. virão dias em que essa sede de fantasmas se consumirá por dentro e depois do nada surgirão florestas de nicotina, casas com móveis escuros que emitem longos discursos de pó e que serão apenas silenciados pelos exércitos de espadas solares que irromperão pelas entranhas das janelas nos dias claros prenhes de venenos.

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